Em estado de Militância Apostólica e Combatividade Profética
Assim o Apóstolo Paulo nos exorta: “Suporta comigo os trabalhos, como bom soldado de Jesus Cristo. É preciso que o lavrador trabalhe antes com afinco, se quer boa colheita.” (II Tm. 2, 3.6). Nestes tempos, mais do que nunca, precisamos ser “bons soldados de Jesus Cristo”, aqueles que trabalham incansavelmente na Obra do Senhor, aqueles a quem nada nem ninguém faz esmorecer, desistir, desanimar, duvidar, abandonar. Esta era a regra de vida de Paulo! Havia em seu coração um objetivo inquebrantável: tornar Deus conhecido! (cf. At. 17, 23ss). Será que Paulo não tinha problemas? Será que Paulo não fora perseguido, incompreendido, injustiçado, caluniado, maltratado, ofendido e até agredido? Para não restarem dúvidas, ele mesmo nos responde com propriedade: “São ministros de Cristo? Falo como menos sábio: eu, ainda mais. Muito mais pelos trabalhos, muito mais pelos cárceres, pelos açoites sem medida. Muitas vezes vi a morte de perto. Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um. Três vezes fui flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei, uma noite e um dia passei no abismo. Viagens sem conta, exposto a perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte de meus concidadãos, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos! Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez!” (II Cor. 11, 23-27). Irmãos, “não somos, absolutamente, de perder o ânimo para nossa ruína; somos de manter a fé, para nossa salvação!” (Hb. 10, 39). Diante dos problemas e dificuldades de toda ordem que enfrentamos todos os dias, precisamos nos colocar de pé pelo poder do Espírito Santo, Aquele que nos dá uma força (cf. At. 1, 8a) competente para todas as horas. Para cada situação de nossa vida um novo Pentecostes! Um Pentecostes para os momentos de alegria; um Pentecostes para os momentos de dor. Um Pentecostes para as grandes manifestações carismáticas; um Pentecostes para abraçar a Cruz! Deus não é abstrato, é um Deus que está intimamente presente em nossas vidas, nos sustentando, enxugando nossas lágrimas, nos consolando, cuidando de nós como Pai. Militância significa servir com fidelidade, lutar bravamente, ser disciplinado como um soldado. Já o termo combatividade significa impugnar, lutar contra, entrar em combate, opor-se. Ora, você já entendeu: servir ao Senhor em permanente estado de militância apostólica e combatividade profética quer dizer servi-Lo com fidelidade inquebrantável (cf. Ap. 2, 10b), ser um soldado incansável, bem disposto, forte, certo de sua vocação, alguém que não se deixa derrubar em nenhuma situação, por mais difícil que seja. Quer dizer ainda que esse(a) servo(a) lutará ardentemente contra toda cultura de morte que tenha a vã presunção de destituir o Senhor do Seu Trono, a começar em sua própria vida, em sua própria casa, em seu redor. Queremos ser estes(as) servos(as)! Esta é nossa afirmação para o Senhor. E isso implica num compromisso de maturidade cristã, numa renúncia constante àquilo que até hoje foi cômodo para nós e a tantos valores e brios que reputávamos como certos, numa vivência perene do Batismo no Espírito Santo, sem o qual ninguém combate o bom combate. Afinal, “tê-Lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-Lo conhecido com nossas palavras e obras é nossa alegria”. (Doc. Aparecida, 32).
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